Crescimento da cidade de Cedro Ceará
- s7mecatronica
- 2 de mar. de 2015
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A ferrovia continuou sendo referência para o novo município, que pouco tempo depois viu sua economia em ascensão devido à produção de algodão, isso na metade do século XX.
Com terras férteis e com larga capacidade de produção de algodão, o município se destacou na região e teve implantadas em seu território cinco usinas: “Usina Cedro”, fábrica de resíduos, óleos vegetais, sabão e de beneficiamento de algodão, de propriedade de Cortez, O “Grady & Cia”; “Usina Josué” fábrica de beneficiamento de algodão, de Josué Alves Diniz; “Usina Montenegro”, fábrica de beneficiamento de algodão e arroz, de Montenegro & Cia; “Exportadora Cearense Ltda” fábrica de beneficiamento de algodão e arroz, de F. Moreira de Azevedo e a “Usina Tabajara” que anos depois transformou-se na Cooperativa Agrícola e Industrial de Cedro – COCEDRO.
Com o natural desenvolvimento da cidade, a educação foi marcada pela construção de um prédio para abrigar o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, primeira escola profissionalizante da região. O Senai foi responsável pela preparação de muitos jovens cedrenses para o mercado de trabalho tendo como público-alvo os adolescentes na faixa etária de 14 a 16 anos, com os cursos de Ajustador Mecânico, Torneiro Mecânico e Carpintaria, a escola era conveniada com a ferrovia fazendo com que os filhos dos ferroviários que trabalhavam no município tivessem o direito de cursar os cursos oferecidos naquela época. A escola do Senai foi extinta em 1973, com a transferência do depósito da RFFSA para o município de Iguatu, quando o Departamento Regional do Senai decidiu transferir os alunos e funcionários para o Centro de Juazeiro do Norte.

Prédio do antigo SENAI em 2009.
O prédio foi fechado e ficou o prédio com muito espaço e sals de aula em boas condições, o espaço abrigou até pouco tempo atrás a Escola Francisca de Jesus Cavalcante.
Atualmente o antigo prédio onde abrigava o Senai foi doado pelo governo do Estado para o município de Cedro. No imóvel, deve ser instalado o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) uma instituição educacional que oferta cursos para qualificar profissionais para ingressarem no mercado de trabalho no setor de comércio e serviços e o Serviço Social do Comércio (Sesc) que oferecerá atividades sociais, esportivas, culturais e de lazer para os comerciários e suas famílias e a comunidade cedrense.
Ao final da década de 80, houve grande eclosão da “praga do bicudo” e a extinção do trem passageiro, período em que Cedro viu suas usinas se transformarem em ruínas e seus campos ocupados por novas lavouras. O cidadão cedrense que antes vivenciava uma etapa favorável na geração de emprego e renda, passou a fazer parte da grande caravana nordestina que migrava à procura de emprego no sul e sudeste. Com isto, a agricultura familiar e a renda dos aposentados passaram a ser as principais fontes de economia do município.
A falta de água potável para consumo humano era outro problema que a população cedrense enfrentou durantes anos. Mais no ano de 2002 foi construído o Açude do Ubaldinho, na divisa do municípios de Cedro e Várzea Alegre que atendendo a falta de agua na zona urbana do município.

Açude Ubaldinho, 2012.
Fonte: Willame Balbino/ Arquivo Pessoal
Fontes de pesquisas:
Site da Câmera Municipal de Cedro-Ce
Site da Prefeitura Municipal de Cedro-Ce
Plano Plurianual 2009-2013, Cedro Ceará.
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